Fórum do Leite reúne 220 produtores em Cruz Alta

Produtores rurais de 16 municípios do Noroeste gaúcho lotaram
 as salas de aula para assistir ao 3º Fórum Técnico do Programa Rede Leite
- Foto: Divulgação 
Realizado no dia 24/09, no campus da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), o 17º Fórum do Leite teve como foco qualificar a produção, pesquisa, gestão e mercado a partir de estratégias criativas e sustentáveis. No terceiro e último dia do evento, 220 produtores rurais de 16 municípios do Noroeste gaúcho lotaram as salas de aula para assistir ao 3º Fórum Técnico do Programa Rede Leite. No ano passado, haviam 160 produtores inscritos.
“Estamos trabalhando neste evento aquilo que os produtores vêm nos colocando nos últimos três anos. Nós levantamos e compilamos o que eles nos encaminharam e isso será debatido nesta proposta de trabalho”, disse o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Antônio Altíssimo. O fórum foi promovido pela Unicruz, Embrapa, Rede Leite e Emater/RS-Ascar.
Temas abordados pela Rede LeitePanorama e Tendências para o Leite na Visão da Economia e das Organizações dos Produtores Familiares foi o tema discutido no Grupo Temático Fora da Porteira, sob a coordenação do engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Gilberto Bortolini. Na opinião do professor de Economia da Unijuí, Dilson Trennepohl, a negociação coletiva do preço do leite parece ser um caminho viável. “O problema é que algumas empresas se recusam a negociar com o coletivo”, lamentou Trennepohl.
Ainda sobre esse tema, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar e filho de agricultores, Erni Breitenbach, apontou em que momento surgiram as associações e cooperativas de leite na região Noroeste. Na década de 90, as empresas, segundo Breitenbach, “não queriam e não apoiavam a organização dos produtores”. A partir de 2005, surgem várias cooperativas e, em função disso, o preço melhora, de acordo com o agrônomo.
Irrigação em Pastagens, sob a coordenação do pesquisador da Embrapa Pecuária Sul (Bagé), Gustavo Martins da Silva, foi o tema aprofundado pelo Grupo Temático Forrageiras e Alimentação Animal. O planejamento, segundo o que foi discutido pelo grupo, evita a escassez de alimento e de água. Participaram do grupo pesquisadores da Embrapa, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), extensionistas da Emater/RS e o produtor de leite Altair Siqueira.
O Grupo Temático Qualidade do Leite e Sanidade Animal tratou do tema doenças reprodutivas em bovinos de leite, coordenado pela professora da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unijuí), Denize Fraga. Doenças congênitas, anatômicas, infecciosas, decorrentes de distúrbios nutricionais, foram aprofundadas. A produtora de Pejuçara Dalva Boton e a extensionista da Emater/RS-Ascar Loiva Mittelstaedt apresentaram dados animadores sobre a diminuição de abortos no rebanho após o corte, com autorização legal, do timbó, árvore considerada abortiva.
O meio ambiente também foi discutido pelo Grupo Ambiental, que trouxe para o Fórum o tema Áreas de Preservação Permanente (APP) no Ambiente da Produção de Leite, coordenado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Dejair Burtet. Os produtores rurais Ingrid e Nereu Weber, de Fortaleza dos Valos, listaram uma série de medidas adotadas para controlar as vossorocas, aproveitar a água da chuva e proteger as APP.
 Assessoria Emater/RS-Ascar

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