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Para os meses de maio, junho e julho, a previsão é de pouca variação nos padrões de precipitação e temperatura, com entrada de massas de ar mais intensas que podem causar dias com temperaturas baixas e ocorrência de geadas, características climatológicas deste período.
No entanto, de acordo com dados apresentados pelo boletim, a temperatura superficial do mar, que vinha registrando anomalias positivas - o que caracteriza o fenômeno El Niño -, está com tendência de inversão desse padrão, apontando para um possível evento La Niña a partir do final do inverno.
O documento relaciona uma série de orientações para os produtores de diversas culturas adotarem no período. Todas as indicações são baseadas nos dados obtidos pelas instituições relacionadas à agropecuária e meteorologia no Estado, como a Fepagro, a Emater/RS-Ascar e o Irga.
Orientações técnicas
Feijão safrinha
- Colher e armazenar o grão assim que atingir a maturação (ponto de colheita);
- Dar atenção especial ao horário de colheita, velocidade de operação e regulagem da colhedora, objetivando evitar perdas.
- Antecipar a adequação das áreas destinadas à lavoura para a próxima safra, principalmente as atividades de preparo e sistematização do solo e drenagem, para possibilitar a semeadura na época recomendada.
- Escalonar a época de semeadura dentro do período indicado pelo zoneamento agrícola;
- Nos cereais, utilizar, preferencialmente, cultivares resistentes a doenças e dar ênfase ao monitoramento de doenças.
- Evitar irrigar em excesso e não irrigar em dias nublados. Quando necessário, irrigar pela manhã. Usar cobertura morta e dar preferencia a irrigação por gotejamento;
- Recomenda-se a produção de mudas em ambiente protegido visando garantir a qualidade;
- Em ambientes protegidos (túneis e estufas), proceder à abertura o mais cedo possível, exceto nos dias frios nos quais a abertura deverá ser retardada, de acordo com a temperatura do ar (em geral acima dos 10ºC) e com a condição de disponibilidade de radiação solar. Realizar o fechamento cerca de uma hora antes do pôr do sol. Em dias frios, antecipar o fechamento em uma hora e, em dias com previsão de geada, antecipá-la em cerca de duas a três horas e vedar completamente as estufas;
- Dar ênfase ao monitoramento de doenças, principalmente daquelas favorecidas pelo molhamento da parte aérea ou excesso de umidade no ar ou no solo.
- Manter a cobertura vegetal nas entrelinhas das plantas, de forma que esta proteja o solo e retenha a água;
- Realizar adubação somente quando o solo apresentar umidade adequada;
- Para minimizar danos por geada em frutíferas, evitar a adubação com nitrogênio, tendo em vista o estímulo a novas brotações no período frio;
- Para cultivos em ambiente protegido, elevar a radiação solar no ambiente, retirando as telas.
- Em povoamentos florestais, deve ser evitada a adubação mineral ou orgânica com elevadas concentrações de nitrogênio;
- Para produção de mudas florestais em céu aberto, caso o viveirista tenha necessidade de aplicar fertilizantes, deve aumentar a relação potássio/nitrogênio da formulação mais indicada para cada espécie e estádio.
- Realizar o plantio de forrageiras de inverno, anuais ou perenes, assim que houver condições adequadas de umidade do solo;
- Reduzir a carga animal em pastagens naturais;
- Diferir potreiros com pastagens cultivadas de inverno e campo nativo melhorado com sobressemeadura de espécies hibernais para permitir o restabelecimento dessas espécies e acumular forragem para o período hibernal.
- Não despescar os peixes durante períodos críticos de inverno;
- Para evitar mortalidade dos peixes devido as maiores amplitudes térmicas neste período, promover a maior retirada de matéria orgânica do fundo dos viveiros e usar aeradores para evitar a estratificação térmica;
- Não alimentar os peixes se a temperatura da água estiver acima ou abaixo da temperatura indicada para as espécies criadas;
- Fazer uso de probióticos como forma de melhorar as condições de saúde e sanitárias durante o período de criação.
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