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Com exceção da Niágara, as demais cultivares, principalmente a Isabella e a Bordô, que representam mais de 50% da área cultivada na Serra, apresentam carga acima das suas médias. As condições climáticas foram fundamentais para a boa safra de 2016/2017. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini, explica que o frio intenso e contínuo ocorrido da última semana de abril até o final de setembro caracterizou o melhor inverno das últimas décadas, tanto em quantidade quanto em qualidade, viabilizando uma excelente brotação de gemas vegetativas, tanto no número quanto na uniformidade dos brotos. Conforme registros da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, houve um acúmulo de 530 horas de temperaturas abaixo de 7,2 graus - necessário para que a planta possa superar o estágio de latência - quantidade bem acima da média dos últimos 35 anos, que é de 410h, e muito além das 145 horas do último ano.
Além disso, as geadas de outubro e novembro foram de baixa intensidade, por isso não afetaram o desenvolvimento e produtividade da cultura. Somente na segunda quinzena de outubro, época em que a maioria das variedades passa por uma das suas fases mais críticas, que é o florescimento, foram registrados altos volumes de chuvas em dias consecutivos, o que provocou o abortamento de flores/bagas, porém, isso pouco afetou o potencial produtivo, pois as que permaneceram compensaram pelo calibre (diâmetro) e peso. "Afora esse fato, a primavera apresentou ótimas condições para o desenvolvimento e sanidade dos parreirais, refletindo-se em baixo número de aplicações fitossanitárias", avalia Todeschini.
"Devido aos baixos estoques de produtos da safra passada (vinho, suco, espumantes) e ao incremento do consumo neste ano, motivado pelas condições típicas do inverno, o panorama é de valorização da uva, evidenciado pela precoce e forte procura do produto", finaliza o presidente Clair.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
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