A terça-feira (13/06) foi um dia de aprendizado diferente para os cerca de cem alunos de cinco turmas do 6°, 7°, 8° e 9° anos da Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Gelain, de Nova Pádua. Como parte da programação da Semana do Meio Ambiente, a Emater/RS-Ascar promoveu palestra com a engenheira florestal Adelaide Kegler Ramos, sobre adequação ambiental e econômica como forma de gestão sustentável da propriedade rural, e visita à propriedade do agricultor Gilberto Vezzaro para observar, na prática, o que foi tratado na palestra. Cerca de 90% dos estudantes da escola são de origem rural.
Adelaide explicou sobre o novo Código Florestal e o que ele propõe para que as famílias consigam deixar as propriedades em condições de produzir também para as próximas gerações. O grande objetivo do Código Florestal é a adequação ambiental da propriedade rural, com o uso correto dos recursos naturais (água, solo e floresta) e a gestão da propriedade, para que ela possa ter sustentabilidade, salientou a engenheira florestal, lembrando que não se pode dissociar o ambiental do econômico.
Ela esclareceu o que são áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL) e a importância da sua preservação e do uso de práticas de conservação do solo e da água, como a proteção de fontes, as plantas de cobertura, os terraços e curvas de nível, para evitar situações como as geradas pelas chuvas excessivas das últimas duas semanas, que causaram problemas como enxurradas e inundações.
Também falou sobre as características dos seis biomas existentes no Brasil, salientando que a região da Serra faz parte do bioma Mata Atlântica, onde 20% da propriedade deve ser de mata. O Código Florestal está presente no nosso dia a dia: no provimento de água, pois exige a proteção das matas ciliares de córregos e nascentes; no controle de cheias e erosão; no controle da poluição, pois a floresta age como um filtro para que tenhamos menos consequências relacionadas ao efeito estufa; no estoque de carbono e regulação do clima e na polinização e aumento da produtividade, ressaltou.
E como forma de visualizar essas questões em contato direto com a natureza, os alunos se dirigiram até a propriedade do agricultor Gilberto Vezzaro, próxima à escola, onde o produtor, a esposa e dois filhos trabalham com a produção de leite e o cultivo de parreira e cebola. No local, eles puderam observar um córrego, uma nascente e a cobertura florestal, que abrange 45% da propriedade rural, e avaliar a adequação às leis. Conforme Adelaide, a propriedade visitada é um exemplo, embora necessite de algumas adequações. Aqui não tem terra, adubo e defensivos indo para o córrego. Ele não tem que temer o Código Florestal, declarou. Vezzaro contou que, quanto à preservação ambiental, aprendeu mais com os filhos do que com os pais, e explicou que das quatro vertentes que tem, só uma é por gravidade, levando a água até a casa da família. Por isso, procura cuidar, tendo já plantado mais de cem árvores de diversas espécies no entorno. Para o agricultor poder produzir e ganhar dinheiro, ele precisa de água de qualidade e em quantidade, de terra boa e fértil e de florestas. A soma disso tudo resulta em um ambiente equilibrado e qualidade de vida, concluiu Adelaide.
Questionados sobre a atividade, os estudantes disseram "se sentir em casa". Para a professora Daiane Zampieri, a atividade desenvolvida é válida pelo aprendizado e representa uma sementinha que foi plantada.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
Adelaide explicou sobre o novo Código Florestal e o que ele propõe para que as famílias consigam deixar as propriedades em condições de produzir também para as próximas gerações. O grande objetivo do Código Florestal é a adequação ambiental da propriedade rural, com o uso correto dos recursos naturais (água, solo e floresta) e a gestão da propriedade, para que ela possa ter sustentabilidade, salientou a engenheira florestal, lembrando que não se pode dissociar o ambiental do econômico.
Ela esclareceu o que são áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL) e a importância da sua preservação e do uso de práticas de conservação do solo e da água, como a proteção de fontes, as plantas de cobertura, os terraços e curvas de nível, para evitar situações como as geradas pelas chuvas excessivas das últimas duas semanas, que causaram problemas como enxurradas e inundações.
Também falou sobre as características dos seis biomas existentes no Brasil, salientando que a região da Serra faz parte do bioma Mata Atlântica, onde 20% da propriedade deve ser de mata. O Código Florestal está presente no nosso dia a dia: no provimento de água, pois exige a proteção das matas ciliares de córregos e nascentes; no controle de cheias e erosão; no controle da poluição, pois a floresta age como um filtro para que tenhamos menos consequências relacionadas ao efeito estufa; no estoque de carbono e regulação do clima e na polinização e aumento da produtividade, ressaltou.
foto: Divulgação |
Questionados sobre a atividade, os estudantes disseram "se sentir em casa". Para a professora Daiane Zampieri, a atividade desenvolvida é válida pelo aprendizado e representa uma sementinha que foi plantada.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
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