Mesmo reconhecendo avanços no Plano Safra da Agricultura Familiar, anunciado nesta quinta-feira (6) pelo governo federal, como o aumento do volume de crédito de R$ 18 bilhões para R$ 21 bilhões, o incremento do limite de renda para enquadramento no Pronaf, que passou de R$ 320 mil para R$ 360 mil/ano, a elevação do limite de custeio e investimento, além da criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o presidente da entidade da Fetag, Elton Weber, destaca que pontos centrais e estratégicos da pauta do Grito da Terra Brasil 2013 não foram atendidos. “As medidas anunciadas são tímidas e não satisfazem as necessidades dos agricultores familiares”, ressalta.
O dirigente acredita que em relação a ampliação das políticas de garantia de renda, o Plano Safra decepcionou, uma vez que o Programa de Seguro Agrícola (Proagro Mais) não avançou em relação à safra passada, já que continua amparando apenas o valor financiado e até 65% da renda líquida limitado a R$ 7 mil. Outro programa importante na visão do dirigente, o PGPAF – Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar - continua assegurando apenas as operações financiadas, além de em muitos casos não cobrir sequer os reais custos de produção.
Em relação à criação da modalidade do PGPAF Mais, anunciada pelo governo, ele avalia que não tem por finalidade a garantia de renda para a agricultura familiar como um todo, visto que é o próprio governo quem define qual os produtos que devem ter o benefício como forma de garantir o abastecimento interno e, com isso, contribuir para o controle da inflação.
Diante deste contexto, a Federação reunirá as suas regionais sindicais para avaliar as medidas anunciadas e definir ações futuras visando a retomada dos pontos não-atendidos.
Fonte: Fetag RS
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