Mesmo sendo um assunto novo na República Popular da China, já que as indicações geográficas somente começaram a ser implementadas em 1999, o País já conta com 1471 indicações geográficas. Esta é uma abordagem atual relacionada à proteção de propriedade intelectual na China, ganhando importância na promoção e desenvolvimento econômico dos produtos chineses no exterior.
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| Chefe Zanus conduz a degustação.Fotos: Viviane Zanella |
Visando incrementar o intercâmbio técnico entre o Brasil e a China no tema das indicações geográficas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por intermédio da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio e da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, recebeu, de 25 a 27 de junho, delegação de técnicos da Administração Geral da Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ), órgão responsável pela regulamentação e pelo controle da qualidade e das características técnicas que caracterizam cada produto certificado pela IG.
Além de participar de reuniões técnicas junto ao MAPA em Brasília (DF) e Porto Alegre (RS), a comitiva visitou a Embrapa Uva e Vinho e vinícolas associadas à Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), entidade que obteve a primeira Indicação Geográfica Brasileira.
Na Embrapa Uva e Vinho, a delegação foi recebida pelo chefe-geral, Lucas Garrido, e assistiu a apresentação do chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Mauro Zanus, sobre a atuação da empresa e sua interação com o setor produtivo. A delegação chinesa degustou dois produtos: o suco de uva elaborado com cultivares criadas no Programa de Melhoramento Genético da Embrapa e o vinho Frisante Moscato, produto em desenvolvimento nos projetos de pesquisa de desenvolvimento da IG Farroupilha, em parceria com a a Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin). Jinsheng Wu, chefe da missão e diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia da AQSIQ, elogiou a qualidade dos produtos degustados, referindo que são produtos de interesse para o mercado chinês.
A partir da apresentação sobre as indicações geográficas de vinhos finos do Brasil, feita pelo pesquisador da Embrapa Jorge Tonietto, bem como de Jaime Milan, que falou pela Aprovale dos vinhos da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos, chamou a atenção da delegação chinesa a qualidade das pesquisas e da rígida regulamentação aplicada para assegurar a qualidade dos produtos das indicações geográficas dos vinhos finos brasileiros.
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