Seminário na Serra trata da inovação no agronegócio

O 28º Seminário Cooplantio, que tem como tema a Inovação no Agronegócio para Produzir Mais e Melhor, teve início nesta segunda-feira (03), com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, representando o Governador do Estado, Tarso Genro. O evento, realizado pela Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto, é direcionado a produtores rurais, engenheiros agrônomos e demais profissionais da agroindústria e do agronegócio da região Sul do Brasil. O Seminário acontece até o dia 05 de junho, no Hotel Serrano, em Gramado/RS.

Na cerimônia de abertura do seminário, Mainardi reafirmou a importância da agropecuária para o país. "O Rio Grande do Sul depende da agropecuária. Quando o campo vai bem, as cidades e o Estado crescem. Isso traduz a eficiência do trabalho e a qualidade do que vem sendo feito no meio rural", afirmou. Segundo o secretário, a partir dos esforços realizados, o governo do Estado vem superando os gargalos, entendendo que o caminho para o desenvolvimento é reduzir custos e produzir mais e com qualidade.

O plantio direto foi a inovação mais importante e corajosa na agricultura brasileira, contrariou o sistema de vendas de arados, grades, tratores e de agroquímicos necessários para o sistema de preparo convencional do solo, afirmou o presidente da Cooplantio, Daltro Benvenutti."Estamos aqui para parabenizar o agricultor que vem honrando a terra em que produz", destacou. A Cooplantio conta com 36 mil associados e, destes, segundo Benvenutti, 15 mil fizeram negócios com a cooperativa nos últimos três anos. "Portanto, este seminário busca a formação do conhecimento e atender a demanda por eficiência na produção", disse o dirigente.

Entre os temas debatidos durante o Seminário, estão a economia e tendências da agricultura do Sul do país; câmbio, preços e commodities; logística para grãos, insumos, mercado e como transformar a compra em renda.

Transporte
Também participante do encontro, o superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, integrou na tarde desta segunda-feira (03), a mesa redonda "Economia, tendências e a agricultura do Sul do Brasil". Lopes falou mais de mil pessoas entre produtores, pesquisadores e empresários do setor agrícola.

"O porto está geograficamente em Rio Grande, mas ele é dos gaúchos. Por lá, há quase cem anos, passa o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul", afirmou. Segundo ele, o Porto do Rio Grande é um elo importante da cadeia logística dos grãos, que é mais do que armazenamento e utilização dos modais. "A questão logística vai além, passa por um amplo planejamento, por um olhar em toda a cadeia produtiva do agronegócio. Pensar a cadeia logística com visão de conjunto fará com que esta grande atividade possa ter o êxito que precisa", destacou.
  • Caminho para o desenvolvimento é reduzir custos e produzir mais e com qualidade, disse Mainardi.
  • Entretanto, conforme Lopes, a logística brasileira não acompanhou o desenvolvimento da produção do país. Por décadas os governos não investiram em igual proporção nos diversos modais que dão segurança para o escoamento da safra. "Portanto, é um processo que nós precisamos estar permanentemente atentos. O ciclo 2013 está consolidando o Brasil como protagonista no processo produtivo mundial e como um dos principais países na segurança alimentar no mundo. Além disso, o RS se destaca como terceiro maior Estado produtor do país", ressaltou.

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