Jornalistas de Cabo Verde conhecem produção de vinhos na Serra

Foto: Divulgação
Nesta segunda-feira (09), o cinegrafista Manuel Brito e a jornalista Rizulena Monteiro, da equipe de comunicação do Ministério da Agricultura de Cabo Verde, na África, visitaram o Vale dos Vinhedos e o roteiro turístico Caminhos de Pedra, em Bento Gonçalves.
Interessados em saber mais sobre a produção de vinhos na região e o trabalho da Emater/RS-Ascar, eles estiveram nas vinícolas Salvati e Sirena, Strapazzon e Miolo, na Família Tasca e nas Casas do Tomate e da Erva-mate, onde conheceram a história das famílias e os processos de fabricação, degustaram os produtos e provaram um chimarrão.
Nas conversas ficou evidente a diferença entre a vitivinicultura nos dois países. Rizulena conta que o arquipélago é constituído por 10 ilhas, sendo que a produção de uvas viníferas ocorre apenas na Ilha do Fogo, na caldeira de um vulcão ativo. Lá, são cultivadas somente duas variedades: moscatel e touriga nacional, para a produção de vinhos finos e destilados, que é feita por 3 cantinas, sendo duas cooperativas. A área total não chega a 500 hectares e as uvas são cultivadas no chão, sem irrigação. A colheita é realizada nos meses de julho e agosto, quando começam as chuvas, que se estendem de agosto a outubro. A jornalistas explica que, por ser vulcânica, a ilha do Fogo tem um solo fértil, e o enxofre expelido pelo vulcão, aliado ao cultivo a 2 mil metros de altitude e ao microclima, contribuem para a ausência de doenças na produção de uvas, que é orgânica. “Cabo Verde produz um vinho muito bom, com teor alcoólico de 14 graus e sem produtos químicos. É um mercado que está em expansão no país”, afirma.
Na vinícola Salvati e Sirena, em Bento Gonçalves, eles degustaram vinhos de variedades menos conhecidas, como a Peverella, e o suco de uva, que não é produzido em Cabo Verde. Rizulena se surpreendeu ao saber que toda a produção da vinícola, em torno de 25 mil garrafas por ano, é vendida na própria cantina, para os turistas, e fornecida para alguns restaurantes. Em Cabo Verde, a produção local abastece o arquipélago e também é exportada para a Europa e Estados Unidos.
Também chamou a atenção dos jornalistas a organização do turismo na região. “Está tudo muito bem organizado para receber os turistas. Isso ainda nos falta, precisamos desenvolver mais”, concluiu Manuel.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul

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