Últimas vagas para o 1º Seminário Nacional de Indicações Geográficas

Restam apenas 20 vagas para o 1º Seminário Nacional de Indicações Geográficas, que acontece quarta, 25, e quinta-feira da próxima semana, 26, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias do Sul (RS). Para acesso ao formulário de inscrição – gratuita –, programação completa e mais informações, o link é http://www.ucs.br/site/eventos/1o-seminario-nacional-sobre-indicacoes-geograficas/.
O Seminário já tem garantida, efetivamente, representatividade nacional: os 170 inscritos (entre produtores e representantes de associações de diversos segmentos, pesquisadores, extensionistas rurais e estudantes de graduação e pós-graduação, nos diferentes níveis e áreas) até o momento são de 13 Estados, informa uma das coordenadoras do evento, professora da UCS Ivanira Falcade. Ela destaca que a procura superou as expectativas iniciais, tanto que foi determinada, há quase um mês, a troca do local de realização na Cidade Universitária – do auditório do bloco 46 para o auditório do bloco H –, para poder acomodar o público. “Essa demanda demonstra o interessa que o tema das Indicações Geográficas tem despertado, em todo o país, nas mais diferentes atividades produtivas”, diz Ivanira.
Contexto – As Indicações Geográficas (IGs) representam, no Brasil, de forma resumida, uma nova filosofia de produção, voltada para a qualidade e a originalidade. No contexto, regiões que, ao longo dos anos, se tornam conhecidas e mesmo notórias pelos seus produtos buscam a condição de IG – conferida, no país, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) –, como meio para garantir a proteção de tal reputação. Isso porque a Indicação delimita a área de produção, restringindo seu uso aos produtores locais (em geral, integrantes de uma associação), e impede que outros usem o nome da região com produtos de qualidade não-controlada.
Assim, o 1º Seminário Nacional de Indicações Geográficas colocará em pauta o próprio conceito de IG, a definição de uma metodologia para desenvolvimento e reconhecimento de novas Indicações no Brasil e a análise dos impactos socioeconômicos que elas promovem nos territórios, observa professora Ivanira. Os temas serão abordados em painéis tendo entre seus ministrantes os maiores especialistas em Indicações Geográficas do país. Um dos assuntos em debate será a metodologia utilizada para o desenvolvimento e reconhecimento de IGs de vinhos finos e espumantes na Serra Gaúcha – em processo que, desde o seu início, no começo da década passada, conta com o suporte técnico da equipe de pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves (RS). “A partir do Vale dos Vinhedos – primeira IG reconhecida no Brasil, em 2002 –, as Indicações Geográficas da Serra Gaúcha têm sido utilizadas como exemplo para o desenvolvimento de IGs no Brasil”, comenta o coordenador do projeto de desenvolvimento de Indicações Geográficas de vinhos finos e espumantes da Serra Gaúcha, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Jorge Tonietto.
A propósito, observa Ivanira Falcade, o Seminário também prevê visita técnica a uma Indicação de vinhos finos e espumantes já reconhecida: a IG Altos Montes, localizada nos municípios gaúchos de Flores da Cunha e de Nova Pádua. A atividade (por adesão) marcará o encerramento da programação, na tarde do dia 26.
O 1º Seminário Nacional de Indicações Geográficas é uma realização da UCS, por meio do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão Vitivinícola e do Escritório de Transferência de Tecnologia, com coordenação pela professora doutora Ivanira Falcade e da mestra Andresa Colloda. Participam, como organizadores, Rede Gaúcha de Propriedade Intelectual, INPI, Embrapa Uva e Vinho, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Instituto Brasileiro do Vinho. O evento tem o apoio de CNPq, Capes, Cooperativa Vinícola Nova Aliança e Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin).

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