As Associações Nacional e Gaúcha de Produtores de Alho, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, promovem nesta sexta, dia 25, a partir das 13h, o XXVI Encontro Nacional dos Produtores de Alho, em Flores da Cunha. A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 500 produtores, inclusive comitivas de Minas Gerais, Goiás, Paraná e de Santa Catarina, bem como do Rio Grande do Sul, através dos municípios de Flores da Cunha, Nova Pádua, São Marcos, Ipê, Campestre da Serra, Caxias do Sul e São Francisco de Paula, regiões onde está concentrada a maior produção gaúcha.
No Brasil são cultivados cerca de 7 mil hectares, sendo 5 mil na Região Centro Oeste e 2 mil na Região Sul. A produção atinge 70 milhões de quilos de alho, para um consumo superior a 220 milhões de quilos, o que representa um consumo per capita de 1,1kg. O presidente da Associação Gaúcha e vice-presidente da Nacional de Produtores de Alho, Olir Schiavenin, também presidente do STR de Flores da Cunha e Nova Pádua, conta que a produção nacional consegue suprir apenas 1/3 da demanda, sendo que o restante vem da República Popular da China, com 70% das importações, seguido da Argentina e Espanha.
Schiavenin explica que para o alho nacional competir com o importado são necessários colocar em prática alguns mecanismos, como a taxa antidumping, que hoje é de US$ 5,2. A Anapa fez durante 12 meses o estudo técnico do processo de renovação da taxa – que inspira no final de outubro - junto ao Ministério da Indústria, Comércio e Relações Exteriores e depois de aprovado seguiu para a Câmara de Comércio Exterior, a qual se reúne no final desse mês para avaliar e decidir pela aprovação ou não. “Sem a taxa antidumping, bem como a manutenção do alho na lista de exceções na tarifa comum, que eleva em 35% ao invés de 15%, inviabiliza a produção de alho no país. A China, maior produtor mundial, tem mais de 700 mil hectares plantados, com um regime trabalhista bastante diferente do brasileiro, que joga o custo de produção para baixo. Esse fato obriga a renovação do imposto para que o produto nacional seja competitivo. Aqui o custo de produção gira em torno de R$ 2,80 a R$ 3,20, dependendo do tipo de mão de obra, da produtividade e de uma série de outros fatores. Já o preço final do alho chinês é colocado em nosso mercado, praticamente, nesse patamar de valores”, revela o dirigente.
Schiavenin conta que o encontro será realizado em três momentos: parte técnica, mercadológico e prestação de contas das atividades desenvolvidas pelas duas associações, bem como as eleições das diretorias. “O evento é importante para refletir, conhecer novas técnicas de cultivo e de comercialização. Além disso, fazer com que o produtor fique por dentro de tudo o que existe no mercado do alho, que é cada vez mais competitivo”, justifica.
PROGRAMAÇÃO
Local: Salão Paroquial de Flores da Cunha
13h – Credenciamento;
14h – Abertura;
14h40min – Prestação de contas ANAPA (Rafael Jorge Corsino e Clóvis Volpe);
15h – Podridão Branca - Chukichi Kurazawa (consultor Globo Rural e BASF);
15h30min – Painel sobre Mercado de Alho - Marco Antônio Lucini (EPAGRI-SC) e José Portela (INTA – Argentina);
16h20min – Eleição para presidência da Anapa;
16h50min – Prestação de contas e eleições Agapa;
17h15min – Curva de absorção de nutrientes - Anderson Feltrin (EPAGRI-SC)
18h – Encerramento; e
19h – Jantar.
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