A escassez de água é uma realidade da biosfera, o que torna importante o desenvolvimento de estratégias que aumente a eficiência de seu uso, especialmente, nas lavouras de arroz irrigado. Devido ao contínuo aumento da população, e a água está cada vez mais escassa em nível mundial, faz-se necessário produzir mais arroz com menos água. No próximo dia 28, a Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, contribui com estratégias para seu melhor aproveitamento ao preparar um dia de campo denominado de Sistemas de Produção em Terras Baixas - Alternativas de Sustentabilidade, onde o uso da água será destacado. A atividade vai acontecer nos campos experimentais da Estação Experimental Terras Baixas (ETB), localizada no Capão do Leão/RS e abordará mais três grandes temas de pesquisa.
As estratégias da pesquisa visam racionalizar o uso dos recursos hídricos na orizicultura. As recomendações das cultivares BRS Atalanta, BRS Querência e atualmente a BRS Pampa, recentemente lançada, são indicadas para a obtenção de maior eficiência no uso da água de irrigação por apresentarem ciclo menor. Outra possibilidade é a adoção dos manejos de água intermitente e aeróbico como opções de irrigação, em substituição ao manejo convencional.
foto: divulgação |
De acordo com o pesquisador José Alberto Petrini, a cultivar superprecoce BRS Atalanta apresenta redução entre 10 e 20 dias no período de irrigação em relação às cultivares de ciclo precoce e médio. “Esta cultivar consegue, durante o período de irrigação (65 dias), reduzir de volumes de água que variam de 720 a 1440 m3/ha”, considerou. O comparativo se deu entre cultivares de ciclo médio e precoce, não sendo observadas diferenças nas produtividades. “Quebramos com um paradigma de que as cultivares de ciclo mais curto, seriam menos produtivas que as de ciclos mais longos”, destaca o pesquisador Ariano Martins de Magalhães Júnior.
Outro detalhe destacado por Petrini é o volume e percentual de redução da água utilizada durante o período de irrigação. As cultivares de ciclo médio, como a BRS 7 Taim chegou a 12.000 m3/ha; a de ciclo precoce, a BRS Querência, com 10.590 m3/ha, enquanto que a de ciclo superprecoce, a BRS Atalanta, alcançou 9.180m3/ha. “Os experimentos nos mostraram que as cultivares de ciclo precoce economizam 12% de volume da água, enquanto que as superprecoces, 23,5%”, explicou. O estado de emergência de maturação das plantas é que faz todo o diferencial. Segundo os especialistas, a BRS Atalanta leva 100 dias para chegar à maturação, o que antecipa um mês em comparação as demais, isto é, usa-se menos água para concluir seu ciclo produtivo.
Entre as estratégias de manejo para reduzir o uso da água na cultura, os pesquisadores recomendam três alternativas de irrigação: o sistema convencional, o intermitente e o aeróbio.
O convencional estabelece um nível da lâmina de água em 7,5 cm, mantendo-a até a fase de maturação dos grãos; o intermitente, usa a mesma marca de nível da lâmina de água, 7,5 cm, mas deixa secar naturalmente até a diferenciação da panícula e depois da segunda cobertura de nitrogênio, retorna com a irrigação até o final do ciclo. Quanto ao sistema aeróbio, mantém-se o solo sempre encharcado durante todo o ciclo da cultura. “Não existe um melhor sistema, mas temos possibilidades de direcionar parte da lavoura com sistemas diferentes de irrigação e atender as diferentes condições edafoclimáticas (solo e clima) de cada região”, considerou Ariano.
Entretanto, o sistema intermitente tem demonstrado potencial na eficiência do uso da água, pois utiliza menor volume, menor intervalo de duração de dias de irrigação e uma produtividade satisfatória. “É preciso não esquecer que a estratégia de irrigação deve ser adequada às características de cada lavoura”, destacou. A atividade começa às 8h30, e vai apresentar ainda, sistemas integrados de produção, cultivares de arroz e a racionalização no uso de insumos. O dia de campo encerra-se às 13h30.
O convencional estabelece um nível da lâmina de água em 7,5 cm, mantendo-a até a fase de maturação dos grãos; o intermitente, usa a mesma marca de nível da lâmina de água, 7,5 cm, mas deixa secar naturalmente até a diferenciação da panícula e depois da segunda cobertura de nitrogênio, retorna com a irrigação até o final do ciclo. Quanto ao sistema aeróbio, mantém-se o solo sempre encharcado durante todo o ciclo da cultura. “Não existe um melhor sistema, mas temos possibilidades de direcionar parte da lavoura com sistemas diferentes de irrigação e atender as diferentes condições edafoclimáticas (solo e clima) de cada região”, considerou Ariano.
Entretanto, o sistema intermitente tem demonstrado potencial na eficiência do uso da água, pois utiliza menor volume, menor intervalo de duração de dias de irrigação e uma produtividade satisfatória. “É preciso não esquecer que a estratégia de irrigação deve ser adequada às características de cada lavoura”, destacou. A atividade começa às 8h30, e vai apresentar ainda, sistemas integrados de produção, cultivares de arroz e a racionalização no uso de insumos. O dia de campo encerra-se às 13h30.
Fonte: Embrapa
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