Foto: Divulgação |
A interrupção de fornecimento de energia elétrica devido a temporal
e a demora de 10 horas para o religamento
da energia, tornou - se um pesadelo para
o produtor Vinícius Rubini da Silva, na noite de 03 de fevereiro e madrugada do
dia 04. “Escuro! Chuva! Sem ter o que fazer, aos poucos vi os animais se
sufocando”. Assim, Vinícius resume as duas primeiras horas, em que sem
climatização no aviário usado para a engorda de 10 mil perus, a temperatura que
estava em 17°C passou para 30°C em menos
de uma hora e meia. “Sem energia, perdeu-se o controle realizado por um
computador da umidade e temperatura, pois abaixou as cortinas e não se tem mais
o que fazer. Estivemos lá avaliando e realmente os animais morreram sufocados”,
diz o Veterinário Eduardo Deberaldini,
da Inspetoria Veterinária de Antônio Prado.
Foram cerca de 9mil perus mortos, em torno de 150 toneladas
de carne, ração estragada, trabalho de
máquinas para abertura de valas para enterrá-los, que geraram um prejuízo em torno de R$ 600 mil
reais. “Fiz um financiamento para investir neste aviário com toda a tecnologia.
Esperava pagar a dívida, mas o que tenho nas últimas semanas é um problemão”,
lastima Vinícius. “Alguém vai ter que pagar pelo prejuízo”, diz o produtor que
também mantém dois aviários convencionais na propriedade localizada na Capela
da Brasília em Ipê. “
Segundo Deberaldini, o caso de mortandade devido ao calor
ocorrido em Ipê, não é o único no Estado. Foram registrados casos
principalmente no norte e centro do Rio Grande do Sul. “ Por isso uma equipe em Porto Alegre está
discutindo junto as empresas medidas para
evitar mais casos”, informa.
Enquanto as medidas não são definidas Vinícius arregaça as
mangas e pensa no futuro. “Para que isso
não volte a ocorrer vou refazer o projeto da granja e investir em um
gerador. Essa é a saída”, conclui.
Marilita Calgaro Scapinelo
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