O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, alerta que a ineficiência logística brasileira fará com que o pais perca R$ 1,009 trilhão nós próximos 35 anos. Essa quantia é equivalente ao rendimento do Pré-Sal, estimado em um trilhão pela presidente Dilma Roussef no mesmo período. O valor é resultado da comparação entre um sistema eficiente e o nacional no transporte de grãos.
Essa realidade afeta diretamente a rentabilidade do produtor, pois o valor que recebe na propriedade é resultado da diferença entre o preço do porto e o custo logístico. A redução dos valores no transporte aumentaria os seus ganhos. Conforme dados do USDA, a hidrovia é a mais importante forma de transporte de soja para exportação nos Estados Unidos, com 60% do total transportado. Ferrovias respondem por 35% da carga e apenas 5% é feita através de rodovias. No Brasil, o transporte de 53% de toda a safra do grão é feita através de estradas e apenas 11%, utiliza o sistema hidroviário.
Se o transporte da safra custasse ao produtor brasileiro o mesmo que ao americano, a lucratividade aumentaria o equivalente, em soja, a 10 sacos no Mato Grosso, 5 sacos no Paraná e 7 sacos no Rio Grande do Sul por hectare, sem nenhum aumento de custo. Mas as realidades são bem diferentes. Na comparação entre os dois países, o Brasil perde anualmente R$ 9,056 bilhões por más condições logísticas em relação a eficiência dos EUA.
Essa perda tem aumentado 6% ao ano. Para o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, "se mantida a taxa e a ineficiência, em 35 anos o Brasil terá perdido mais de um trilhão de reais. É como se todo o ganho do Pré-Sal fosse perdido nas estradas", afirma. Este valor aumentaria a renda dos produtores que poderiam investir mais em equipamentos, contratação de pessoal, etc, movimentando ainda mais a economia.
Farsul
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