Farsul divulga nota técnica sobre venda de máquinas e implementos agrícolas em 2013

A assessoria econômica do Sistema Farsul elaborou nota técnica sobre a venda de máquinas e implementos agrícolas no Rio Grande do Sul, durante o ano de 2013. O estudo teve como base os números divulgados pelo Banco Central e apresenta um crescimento de 81% no investimento realizado pelos produtores em comparação a 2012, atingindo um total de R$ 3,086 bilhões. Esse valor é superior ao investido pelo governo do estado no ano passado e o previsto para 2014 pelas indústrias do setor que tem ampliações e novas instalações anunciadas.

Esse crescimento é resultado do investimento que os produtores vem realizando em tecnologia para aumentar sua produtividade, facilitado pela equalização da taxa de juros através de incentivos do Governo Federal. O economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz, lembra que muitas vezes os números do agronegócios são analisados apenas através da safra, mas que a aplicação de recursos em maquinários também é um grande responsável pela movimentação e crescimento da economia.

Ele cita como exemplo o valor de investimento anunciado para instalação de novas indústrias no estado em 2014. “Juntando todas as indústrias anunciadas, inclusive as que não estão certas, as que não tem nem terreno, somando todas, dá R$ 2,3 bilhões. Isso quer dizer que os produtores rurais investiram 35% a mais que todas elas”, compara. Na relação com o governo estadual a diferença é maior. “O governo do estado empenhou R$ 1,4 bilhão em 2013, isso quer dizer que os produtores rurais, só em máquinas e implementos agrícolas, investiram mais do que o dobro”, completa.

Apesar de bastante significativo, o resultado final ficou distante dos 5,8 bilhões anunciados nos finais das principais feiras do estado. Antônio da Luz explica que essa diferença acontece porque esses levantamentos são feitos contabilizando todas as negociações que aconteceram, mas que na maioria dos casos, os produtores tratam com mais de uma empresa ao mesmo tempo, na busca das melhores condições de financiamento. Ele alerta que esses resultados oficiais podem trazer prejuízos ao mercado. “Eles podem, num primeiro momento, elevar os preços ao que seriam no mercado, da mesma forma que em médio ou longo prazo pode fazer com que esses preços caiam”, alerta.

O economista destaca que uma feira como a Expodireto, em Não-Me-Toque, equivale a quatro ou cinco instalações de novas fábricas no estado, pelos negócios que ali são encaminhados, “Ela deveria ser tão festejada quanto é uma empresa que anuncia que aqui vai se instalar. São poucos lugares no mundo que conseguem se igualar no patamar de negócios, de liquidez que ela tem”, compara. Antônio da Luz acrescenta que esse setor é extremamente complexo e que, portanto, é preciso ter cuidado em mantê-los sempre transparentes para que continuem em franca expansão, por ser bom para a economia do Rio Grande do Sul e para o produtor, que poderá acessar tecnologias que atendam suas necessidades.

Imprensa Farsul

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