O reajuste de 5% no preço mínimo do trigo é contestado pela Farsul. Conforme o presidente da Comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim, o índice que abrange apenas os tipos pão e melhorador está aquém do esperado. O dirigente explica que a causa do baixo percentual de aumento é a tabela de custo de produção da Conab que serve de base para a fixação dos valores.
Hamilton Jardim ressalta que as despesas de custeio da lavoura, utilizadas pela Conab, são a referência na definição do preço mínimo e as mesmas apresentam redução de valor em comparação com as anteriores. Este é o caso de Passo Fundo: na safra de verão (2013/2014) o total é de R$ 1.180,98/ha, o equivalente a 63,06% do custo total. Para a safra de inverno, cai para R$ 1.141,40/ha, respondendo por 52,05% do custo de produção. O mesmo ocorre em Cruz Alta, onde o valor passou de R$ 1.167,70/ha (61,39%) para 1.090,47/ha (51,50%).
Os dados da Conab estão sendo analisados pelo diretor Hamilton Jardim para futura discussão com o Ministério da Agricultura. Em reunião nessa terça-feira (08/04) no Mapa, em Brasília, o ministro Neri Geller se comprometeu a revisar o preço mínimo caso seja comprovada existência de problemas na tabela. “O propósito da Farsul é discutir com a Conab visando a encontrar um consenso para que o preço mínimo possa ser reajustado e sirva de incentivo para o produtor aumentar a área plantada na safra de inverno 2014/2015”, destacou Hamilton.
A Comissão do Arroz da Farsul também está discutindo com o Ministério da Agricultura um novo preço mínimo para o grão.
Fonte: Farsul
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