Piá e Santa Clara deverão explicar ao MP sobre presença de álcool etílico em lotes de leite

Foto: ilustrativa 
 Os produtores de leite da região que fornecem para as Cooperativas Piá e Santa Clara  devem estar surpresos com as últimas notícias divulgadas pela impressa estadual e regional sobre a presença de álcool etílico em lotes de leite e  de subprodutos, bem como os consumidores dos  produtos das marcas.
Na segunda, 04/08, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA- determinou que a Cooperativa Agropecuária Petrópolis Ltda Indústria de Alimentos  recolha lotes  do leite UHT integral (lotes L02/2 e L2-3) fabricado em 26 de junho e com data de validade 26 de outubro, e o Requeijão Light de 200 gramas (lote L2), fabricado em 30 de junho, válido até 30 de setembro. Sendo ao todo 100 mil litros de leite e 30 mil lotes de requeijão.
E nesta terça, 05/08, o foco voltou-se para a Cooperativa Santa Clara, em que o Ministério Publico confirmou que em lote de leite pasteurizado, que é fabricado para ser consumido em até seis dias, em média, o chamado leite de saquinho, também foi encontrado álcool,
Segundo o MP não  foi feito recolhimento pelo fato do leite já ter sido consumido, mas que vão apurar a responsabilidade da Santa Clara, bem como se houve fraude. O leite foi industrializado no posto de resfriamento em Veranópolis. No caso da Piá, A determinação foi tomada em decorrência da presença de da substância  em amostras de leite cru refrigerado recolhidas no posto de refrigeração de Vila Flores, pertencente à cooperativa.

Em nota, a Santa Clara disse que está questionando os testes do Ministério da Agricultura e que abriu um processo administrativo para pedir esclarecimentos ao órgão.   Leia parte da nota:
“os testes realizados pelo laboratório oficial levaram 15 dias para serem finalizados, sabendo-se que o leite in natura, passa a sofrer alterações em sua composição em curto espaço de tempo, podendo comprometer os resultados.” “No caso em específico, Posto de resfriamento de Leite de Veranópolis/RS, onde foi recebido o leite em questão, foram realizados todos os testes, inclusive o teste para presença de álcool etílico, e nada se constatou de irregular. Ao entrar na indústria, os mesmos testes foram novamente realizados, atestando que o leite estava dentro dos padrões legais.”  (trecho retirado do acerto de Contas da Gaúcha rádio).

A Piá também emitiu nota sobre o assunto informando que em Petrópolis informou que em análises internas e amostras dos referidos lotes enviados para análise externa "em laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, não ficou constatado qualquer irregularidade". E informou que está recolhendo os lotes apontados pela Superintendência da agricultura.


Conforme o Mapa, o álcool é utilizado para mascarar a adição de água no leite. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público dentro de uma série de ações dentro da Operação Leite Compensado, que teve início em maio de 2013, desvendando um esquema de adulteração de milhões de litros de leite.
Na próxima sexta-feira, ambas as cooperativas terão audiência marcada como a promotoria publica de defesa do consumidor.


Fontes: Rádio Gaúcha/ Uol, Ministério Publico e Acerto de Contas 

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