Extensionistas fazem a capacitação dos produtores no Agrotecno Leite, que acontece na UPF até esta quinta-feira - Foto: Divulgação |
Resgatar o saber popular, utilizar as plantas medicinais na prevenção de doenças do rebanho leiteiro e reduzir custos são os assuntos de uma das estações da Emater/RS-Ascar na Agrotecno Leite. O evento prossegue até amanhã (25), no Centro de Eventos e Campos de Pesquisa da Universidade de Passo Fundo (UPF).
Os extensionistas estão mostrando como é possível fazer a prevenção de mastite, por exemplo, usando plantas como carqueja, alecrim, erva-de-bugre e tansagem. Soluções antissépticas usadas na limpeza dos tetos, antes e após a ordenha, cumprem as funções de desinfetante e de seladora dos tetos, evitando as doenças.
Uma das grandes vantagens, de acordo com os extensionistas, é o baixo custo. Para comprar galões de 5 litros de soluções pré e pós dipping (desinfecção do teto antes e depois da ordenha), os produtores gastam cerca de R$ 92,00. Para formularem a mesma quantidade na propriedade, usando as plantas, o custo cai para R$ 5,50.
Para a preparação do pré-dipping, está sendo recomendado o uso de uma mistura de água com tintura feita à base de carqueja, erva-de-bugre ou alecrim. Já para as soluções pós-dipping, o produto é feito com água, semente de linhaça e tintura. Os visitantes receberam as receitas por meio de um folder e ainda uma amostra de pomada anti-inflamatória feita à base de banha, tansagem e cera de abelha, que pode ser usada em úberes inflamados, para rachaduras dos tetos e no controle da mastite.
“Eu achei bem bom. Tenho uma vaca com problema de rachadura no úbere, agora vou usar isso que aprendi. Gostei muito, a gente tem essas plantas na propriedade e daí não precisa comprar”, disse a produtora Danila Faccin, do município de Chapada, que visitou a feira pela primeira vez.
"Eu achei muito bom para prevenir as doenças, porque o custo de produtos químicos é muito alto e essa é uma forma de barateá-lo. Temos 27 vacas e temos tido muitos problemas. Ontem mesmo tivemos que sacrificar uma das melhores vacas com problema de mastite e agora, com esse panfleto, vou fazer os produtos em casa para usar. Em oito dias, perdemos duas vacas. Vou botar em prática, porque gosto de coisas naturais. Já valeu a pena ter vindo”, disse a agricultora do município de Rondinha, Dilce Fátima Comerlatto.
Texto: Vanessa Almeida de Moraes
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