Texto "Já dizia Oscar Wilde" de Isabel Cony compõem Coletânia do Concurso Crianças e Jovens do Rio Grande Escrevendo Histórias

Isabel acompanhada da professora Emília Helena Roldo Tieppo
e da Diretora da escola Lucélia Verza,
Foto: Divulgação 
Com o texto que fala sobre o seu amor pela leitura e escrita, Isabel Chiele Cony Marques dos Santos, teve a grata satisfação de ter seu texto intitulado, “Já Dizia Oscar Wilde”,  compondo uma coletânea de 75 textos, lançada na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre.
A estudante do 3º ano do Ensino Médio da Escola Ulisses Cabral se define como uma pessoa que adora escrever. “Eu gosto muito de escrever, mas sempre tive receio de que talvez não estivesse bom o suficiente, e ter meu texto escolhido significou que eu devo continuar escrevendo porque eu faço isso bem”. Percebe-se isso muito bem, no texto publicado (Confira abaixo).
Apesar disso, Isabel sempre se sentiu receosa com o que escrevia, mas vivendo o momento oferecido pelo Concurso “Crianças e Jovens do Rio Grande Escrevendo Histórias”, significou muito para, quem sabe, tornar-se uma escritora no futuro. “Ajudou a acreditar na minha capacidade. Ter retorno de uma atividade que me é muito prazerosa e me faz feliz é realmente gratificante”.
A jovem participou do evento na Capital para receber uma premiação pelo ótimo texto e também autografou o livro em sessão na Casa do Pensamento, na Feira do Livro.


Texto reproduzido

Já dizia Oscar Wilde

Sempre amei ler. Troco tranquilamente uma festa por uma xícara de chá e um bom livro. Lembro-me ainda hoje de minhas amigas implorando-me para que interrompesse minha leitura dos gibis da Turma da Mônica para dar continuidade à brincadeira. Não é que eu seja antissocial, simplesmente aprecio estar sozinha, e para não ficar entediada, eu leio.
Considero-me uma leitora compulsiva, quase que dependente. Nunca leio o suficiente, e minha modesta lista de leitura insiste em crescer a cada dia. A verdade é que eu talvez seja sim, antissocial; sinto-me desconfortável perto de muita gente, gaguejo, suo frio. Mas não, quando estou lendo. Porque quando leio, transporto-me para um mundo somente meu, a minha insegurança já não mais existe, e esqueço tudo aquilo que me aborrece para vivenciar aventuras, as mais fascinantes.
Acontece que eu tive sorte, a leitura sempre me foi incentivada, e desde criança costumo receber livros de presente. E talvez por isso, não consiga compreender como um livro pode ser tratado com tanta indiferença, para não dizer desprezo, por tantos. A leitura é, além de cultura, uma espécie de autoajuda; ler ajuda a criar valores, aprender a divergir o certo do errado, e definir, mesmo que indiretamente, o tipo de pessoa que se quer ser. É que ler desenvolve o pensamento.
Entendo que o meu gosto por leitura é uma característica minha: descobri nos livros o consolo que não consegui na vida real, e por isso não posso exigir dos outros, a mesma paixão. Mas defendo e sempre defenderei que só não aprecia a leitura aquele que não encontrou a leitura certa.
Acredito que a vida é a consequência das nossas decisões. Simples assim. Não é uma vontade divina, tampouco um destino inalterável. A vida é aquilo que fazemos ser. E o tempo que nos é permitido viver, um recurso não renovável. Por isso, infelizmente, quando trocamos uma coisa por outra, nunca saberemos como seria a vida, se a escolha tivesse sido diferente, e assim procuramos ao máximo tomar as decisões corretas. E com esse acúmulo de experiências, forma-se a nossa personalidade; ela é todas as imagens que já vimos; os odores que já cheiramos; os sons que já ouvimos; os gostos que já saboreamos; e as palavras que já sentimos. Pois já dizia Oscar Wilde: “o que você lê, determinará o que você será”.
Nome: Isabel Cony                Turma: 302


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