Em maio pode fazer mais frio e em junho, mais calor - Foto: Solange Brum/Divulgação Fepagro |
Os níveis de precipitação de chuva e as temperaturas mínimas e máximas devem ficar dentro do padrão nos meses de abril, maio e junho. É o que diz o boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), divulgado neste segunda-feira (13).
Segundo o prognóstico apresentado, haverá chuvas dentro do padrão em todo o Rio Grande do Sul durante o trimestre, com maior probabilidade de ocorrer pequena redução nas regiões noroeste e norte do Estado nos meses de maio e junho. Para as temperaturas mínimas, o boletim indica que a tendência é predominar valores dentro do padrão na maior parte do Estado em todo o trimestre, com exceção do oeste e do norte, onde as temperaturas devem ficar um pouco mais baixas. Para as temperaturas máximas, a tendência é de temperaturas um pouco abaixo do padrão em maio, principalmente no sudoeste, e temperaturas um pouco acima do padrão em junho na parte nordeste do estado.
O documento, além de apresentar as previsões de precipitação e temperatura para os próximos três meses, também relaciona uma série de orientações para os agricultores de diversas culturas adotarem no período. Todas as indicações são baseadas nos dados obtidos pelas instituições relacionadas à agricultura e meteorologia no estado.
Orientações específicas
Orientações específicas
Arroz
- Antecipar a adequação das áreas destinadas à lavoura para a próxima safra, principalmente as atividades de preparo e sistematização do solo e drenagem, para possibilitar a semeadura na época recomendada;
- Considerando a escassez de água nos últimos meses (principalmente na Zona Sul) e que o prognóstico para o próximo trimestre indica tendência de chuvas em torno da média, recomenda-se que os produtores fiquem atentos para a questão da captação e armazenamento de água para a próxima safra.
Feijão, soja e milho
- Colher e armazenar o grão assim que atingir o ponto de colheita;
- Dar atenção especial ao horário de colheita, velocidade de operação e regulagem da colhedora, para evitar perdas.
Fruticultura
- Manter a cobertura morta, de forma que esta proteja o solo e retenha a água;
- Realizar adubação somente quando o solo apresentar umidade adequada.
Pastagens
- Realizar o plantio de forrageiras de inverno, anuais ou perenes, o mais cedo possível, havendo condições de umidade do solo;
- Reduzir a carga animal em pastagens naturais;
- Definir potreiros para semeadura das espécies de verão.
Culturas de inverno
- Escalonar a época de semeadura dentro do período indicado pelo zoneamento agrícola;
- Nos cereais, utilizar, preferencialmente, cultivares resistentes a doenças.
Piscicultura
- Não despescar os peixes durante períodos críticos de inverno;
- Para evitar mortalidade dos peixes devido as maiores amplitudes térmicas neste período, promover a maior retirada de matéria orgânica do fundo dos viveiros e usar aeradores para evitar a estratificação térmica;
- Em dias nublados e sem vento ou quando aparecer sinais de falta de oxigênio, utilizar aeradores durante os horários mais quentes do dia por no mínimo uma hora e durante a noite entre meia noite até o amanhecer;
- Não alimentar os peixes se a temperatura da água estiver acima ou abaixo da temperatura indicada para as espécies criadas;
- Fazer uso de probióticos como forma de melhorar as condições de saúde e sanitárias durante o período de criação;
- Para os viveiros que tenham sido despescados completamente e esvaziados devido a semana santa, proceder a um período de pousio para desinfecção e preparo do solo dos tanques antes de fazer um novo povoamento.
O Boletim Copaaergs completo para o próximo trimestre está disponível neste link.
Fepagro
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