FETAG DEFINE DATA DAS MANIFESTAÇÕES DO GRITO DA TERRA BRASIL

Foto: FETAG
A direção da Fetag, com os coordenadores das 23 regionais e assessores sindicais, decidiu hoje (10) realizar as manifestações do Grito da Terra Brasil no dia 1° de julho em Porto Alegre. A pauta dos agricultores familiares foi entregue ao governador do Estado, José Ivo Sartori, no dia 12 de maio, quando ele esteve presente na Assembleia Geral Extraordinária. As lideranças do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (MSTTR) estiveram reunidas por dois dias, na sede da Federação, em Porto Alegre, para discutir a organização sindical e fazer uma avaliação do Grito da Terra Brasil em âmbito nacional. A expectativa é de que pelo menos 3 mil pessoas participem das manifestações.
Já no Estado, uma das reivindicações, que diz respeito ao Programa de Forrageiras, levou ainda pela manhã o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, a uma audiência com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. O motivo foi cobrar o pagamento de R$ 3 milhões do programa, valores já adiantados às sementeiras por parte de cooperativas e sindicatos. Feltes garantiu a Joel que na segunda-feira, dia 15, serão liberados R$ 1,5 milhão e a outra parte em 15 de julho. O deputado estadual Elton Weber participou da reunião.
Ao final da tarde, Joel embarcou para Brasília, onde participará, amanhã (11) ao lado do presidente da Contag, Alberto Broch, de reuniões nos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário, além da Secretaria Especial de Governo Casa Civil, para tratar sobre juros do Pronaf no Plano Safra da Agricultura Familiar, Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), Proagro e Crédito Fundiário. “Esperamos que no dia 22 de junho o governo, quando o governo anunciar o Plano Safra da Agricultura Familiar com, pelo menos, iguais índices de juros para o Pronaf e seguro agrícola, e, inclusive, a assinatura do decreto sobre crédito fundiário”, projeta.

AGROINDÚSTRIAS
O assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag, Jocimar Rabaioli, está em Brasília participando de um debate com a Contag e as equipes técnicas dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a regulamentação do artigo 7º da Lei do Suasa, que prevê um tratamento diferenciado entre uma agroindústria familiar e uma indústria de grande porte. Hoje, perante a lei, eles são tratados da mesma forma, quando na verdade enfrentam realidades totalmente diferenciadas. A ministra Kátia Abreu, do Mapa, garantiu no Grito da Terra Brasil que até o final de junho vai regulamentar esse artigo.

PLANO DE AÇÃO
A assessoria de Fetag, o conselho de coordenadores e a assessoria regional avaliaram as ações a partir do atual cenário e construindo o plano de ação. Com as contribuições das 23 regionais sindicais, com o olhar do meio rural, os dirigentes refletiram sobre como deve ser a atuação da entidade para avançar nas conquistas para a agricultura familiar. São estas que dão a dimensão de esperança pela melhoria da qualidade de vida, a partir da qualificação das políticas públicas, da produção em respeito ao meio ambiente, ao resgate da cultura, dos valores e da convivência solidária e cooperativa. “É preciso continuar e avançar na organização em nossos municípios, fortalecer o sindicato e, principalmente, seguir lutando pela garantia de espaço na construção de políticas públicas específicas para as famílias do campo”, justificou Joel. O desejo dos dirigentes e da assessoria é de construir mecanismos que possam monitorar as ações planejadas no sentido de avançar na organização interna. “Desta forma, estaremos melhor organizados e articulados para a luta dos direitos dos trabalhadores rurais”, completou o dirigente.




Fonte: FETAG

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