Um novo Protejo para a ERS 448 é apresentando em Audiência Pública no Borgo Forte

300 pessoas participaram da audiência. Foto: Vida no Campo
“Acreditamos que agora vai!” Foi assim que a  maioria dos participantes da Audiência Pública, realizada na noite de quinta-feira, 18/07, na comunidade do Borgo Forte, interior de Antônio Prado, exclamavam em rodas de conversa,  após a finalização da apresentação do novo projeto de asfaltamento da ERS 448.
Audiência em Linha Trajano também apresento o novo
projeto da 448 para cerca de 100 pessoas. Foto: Carina Citton
O novo projeto, que prevê um novo traçado para a estrada, retira  curvas,   interseções (rotulas) e  desvio do centro da comunidade do Borgo Forte, foi apresentado pela Engenheira Zélia de Azevedo, da empresa ganhadora da licitação STE Gestão Ambiental. Pelo projeto, o trecho que compreende de Linha Trajano até a estrada Santo Isidoro, terá uma extensão de 13,37 km, (o qual  hoje chega a 18 km), 03 interseções e duas pontes, terá pista simples e uma velocidade diretriz de 40km/h.  Conforme Zélia,  a finalização do  projeto é para dezembro de 2015.
Apresentando as novas diretrizes do departamento de engenharia do DAER e da Superintendência da estatal,  o engenheiro Fernando explicou o porquê da passagem da estrada fora do centro da comunidade. “Precisamos mudar a nossa forma de pensar, rua não é estrada, nesta a velocidade é maior e nós, DAER, não queremos ser responsáveis pela criança atropelada. Queremos dar a esta comunidade uma via que garante a vida. E outra para que possamos obter financiamento de órgão exteriores, nenhuma estrada passará ao meio ou perto de uma comunidade, pois não é aceito pelos bancos internacionais”.
O objetivo da audiência, além de apresentar o projeto, foi solicitar que a comunidade, principalmente os donos das terras em que a via irá passar possam solicitar mudanças, ou incrementar o projeto. “Se o morador tem propriedade nos dois lados e precisa de passa gado, já deve solicitar, assim na hora de executar o projeto, nós já saberemos que ali, precisa de um passa gado”, exemplifica.
Para isso, copias do projeto estão junto a prefeitura para que o morador possa identificar o local, e fazer a solicitação. O prefeito de Antônio Prado, Nilson Camatti, reunirá as solicitações dos moradores para posterior envio e aproveitou o momento da audiência para solicitar aos proprietários a colaboração para doação da terra para a construção da nova estrada. “Para que a construção da estrada seja mais rápida, vai depender também dos moradores, pois se disserem eu vou doar o processo será mais rápido, pois uma desapropriação demorará muito mais”, conclamou o presidente do movimento Asfalto Já.
Para dar suporte a solicitação do prefeito, Fernando, lembrou que o asfaltamento da via proporciona maior valorização da propriedade. Questionado sobre quanto tempo irá demorar para a execução do projeto,  Fernando  informou que dependerá da busca de  recurso e  no momento não pode informar o valor  total da Obra.

Manutenção da 448
A esperança de ter a estrada asfaltada foi renovada, mas poderá demorar até oito anos para ser finalizada, enquanto isso o que a comunidade quer é uma estrada trafegável.  Valter Brusamarelo, dono de um agronegócio na comunidade do Borgo, questionou o representante do DAER quanto a manutenção da via, e obteve como retorno que um plano de manutenção está sendo elaborado pela estatal. “ A manutenção terá”, afirmou Fernando.
Presente na Audiência, presidente da FGTAS, Juarez Santinon, complementou que  esteve em contato com o engenheiro responsável pelo DAER de Bento Gonsalves, e informou que uma equipe esteve em Antônio Prado em busca de uma jazida para obter cascalho para manutenção da estrada, e esta está em faze de licenciamento pela FEPAM. “assim que liberarem  iniciaram os trabalhos de recuperação da estrada”.
Enquanto isso não ocorre, os que trafegam pela 448 se deparam com muitas pedras, buracos e nos dias de chuvas alagamentos e muita lama.  “Até agora o descaso foi enorme. Vai demorar, vai, mas vamos esperar”, lamenta Brusamarelo, bem como lamentam Joanir Stédille e Clóvis Carra, “manutenção raramente tem. Máquina então nem tem pra fazer um bom trabalho”, concluem.

Conforme informações a elaboração do projeto da 437 está mais demorado devido as condições do trecho de localização da via, que compreende mata e requer cuidado e liberação da FEPAM e como ocorre com a 448 serão realizadas audiências em Vila Flores e em Santana, estas ainda sem data prevista.




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