Dificuldades da cadeia produtiva da uva e alternativas são debatidas em Fórum na Serra

Foto: Divulgação Emater
A produção de uva e vinho é uma atividade tradicional e fonte de renda para milhares de famílias no RS. Nesta sexta-feira (13/11), representantes de diversas entidades ligadas ao setor vitivinícola participaram de um Fórum de Debate, no ginásio da Escola Estadual Pedro Migliorini, em Monte Belo do Sul. O evento, promovido pela Câmara de Vereadores do município, debateu as principais dificuldades da cadeia produtiva da uva e alternativas de enfrentamento dos problemas, com a elaboração de uma carta que será encaminhada a órgãos federais e estaduais.

A programação iniciou com uma palestra com o representante do Ibravin, Darci Dani, que explanou sobre o papel do Ibravin no ordenamento e promoção da vitivinicultura. Após, cada entidade apresentou suas propostas. O presidente da Emater/RS, Clair Kuhn, propôs uma Chamada Pública específica para a vitivinicultura, que já está sendo elaborada, com recursos do governo federal para que os extensionistas possam dar um suporte e a uma qualificação maior para os agricultores da região. Ele lembrou também que a Emater/RS-Ascar faz parte de um grupo de trabalho, juntamente com outras instituições, que está descrevendo os equipamentos mínimos e as normas de produção para a regulamentação do vinho colonial. Assim que esse documento se tornar uma Instrução Normativa, a extensão rural irá apoiar a legalização e a capacitação dos vitivinicultores.

O enólogo da Emater/RS-Ascar, Thompsson Didoné, destacou os pontos positivos do setor, como a disponibilidade de linhas de crédito, as políticas públicas que promovem a inclusão do produto, como o PAA e o PNAE, as organizações que atuam na defesa do setor e o nível tecnológico avançado nas vinícolas e em muitos vinhedos. Por outro lado, apontou dificuldades relacionadas à sucessão familiar, à escassez de mão de obra, ao contrabando de vinho, aos custos de produção e à perda da relação de amizade que existia entre agricultor e indústria. Segundo ele, a sustentabilidade da vitivinicultura depende do envolvimento de toda a cadeia produtiva e de políticas públicas, sejam municipais, estaduais ou federais, de incentivo e valorização da uva, do vinho e dos agricultores que mantêm os vinhedos, e que incluam também o aspecto cultural, o turismo e o enoturismo.

O Fórum de Debate encerrou com a elaboração de uma carta, que será encaminhada aos órgãos competentes, que propõe o fortalecimento da assistência técnica específica para a cadeia da uva, a retomada do subsídio agrícola pelo governo federal, a redução do ICMS e do IPI que incide sobre o vinho, a inclusão do suco de uva na cesta básica, o valor do preço mínimo da uva em consonância com os custos de produção, entre outras reivindicações.


Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul

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