Foto: Armando Divan/Ufrgs |
Segundo o pesquisador da Ufrgs Armando Divan Júnior, o ozônio é, na atualidade, um dos poluentes atmosféricos que mais tem preocupado as agências ambientais que zelam pela qualidade do ar nas grandes cidades. “Além de provocar redução nas colheitas agrícolas, o ozônio também agrava diversas doenças respiratórias, afetando a saúde humana”, completa.
O pesquisador explica que, de maneira geral, o feijão é uma espécie bastante sensível ao ozônio. Quando expostas ao poluente, as folhas das plantas do feijoeiro apresentam lesões, um indicador que pode ser facilmente visualizado. O que diferencia as variedades de feijão da Fepagro das demais é que elas são ainda mais sensíveis ao ozônio do que as outras cultivares testadas. “Os resultados obtidos indicaram que estas cultivares podem ser empregadas para alertar à vigilância ambiental e à população em geral para níveis tóxicos deste poluente no ar de nossas cidades”, destaca.
Atualmente, além da utilização de equipamentos eletrônicos, um dos métodos mais aplicados para mapear a poluição por ozônio é pela análise das lesões nas folhas de uma cultivar de tabaco denominada Bel-W3, que é muito sensível ao poluente. “Os métodos baseados em bioindicadores são bastante empregados porque eles são mais baratos do que aqueles baseados em equipamentos. Desta forma, podem ser utilizados para avaliar a distribuição espacial e temporal dos poluentes e, inclusive, orientar com mais precisão onde devem ser instalados equipamentos de medição, se necessários”, explica Armando.
A coleção de feijão da Fepagro Litoral Norte, em Maquiné, que está relacionada na lista de bancos de germoplasma de feijão sul-americanos, conta com um acervo de acessos de feijão bastante promissores para diferentes características agronômicas, entre elas a fixação biológica de nitrogênio e tolerância à seca. “Com os resultados das pesquisas conduzidas pela Ufrgs, ficou ainda mais evidente a importância dessa coleção para o Rio Grande do Sul e para a Fepagro”, conclui o pesquisador Juliano Garcia Bertoldo, coordenador do Programa de Melhoramento de Feijão da Fundação.
Fonte: FEPAGRO
Comentários
Postar um comentário