Lideranças, comunidades e empresários se unem para dar condições de trafegabilidade na 448 e 437



Trecho recuperado

trecho em recuperação
A colheita da uva já iniciou, e o agricultor ainda tem duvida para onde levar a produção. Enfrentar uma estrada precária, cheia de buracos e pedras e entregar a produção em Antônio Prado. Ou percorrer vários quilômetros a mais e transportar tranquilamente pela ligação asfáltica e entregar em Bento Gonçalves ou Farroupilha? 
Há muito tempo essa é a pergunta que norteia a decisão dos produtores de uva da região de Santana, 2 de Julho, São Pedro, Blesman e Borgo Forte em entregar a produção na Cooperativa Agroindustrial Pradense, por exemplo, ou evitar trafegar pelas vias 448 e 437 e levar para outros municípios. 
Com a redução da safra estimada em 50% e com o entrave de uma via em péssima condição de trafego, o presidente da Cooprado, Sadi Macagna, aguarda por uma solução “ Tivemos diversos associados daquela região nos informando que não iriam entregar a uva para a Cooprado por causa da situação da estrada”.
Já os que optaram por enfrentar a via de três a quatros vezes por semana, trafega pela por ela com cautela. “O trajeto que demora de 15 a 20 minuto não conseguimos fazer em uma hora. Se chover torna-se mais perigoso e passível de ficar atolado. Para dar caminho é preciso procurar o melhor lugar,” conta Miguel Perosa, morador da Capela São Pedro, Linha Trajano. Segundo o jovem, até o final da safra deverá passar pela via umas 60 vezes ou mais. “Sei de muitos que desistiram de levar a uva para a cooperativa por causa da estrada, principalmente os que depende de frete. O freteiro não quer. E não discordo dos donos dos veículos, pois desgasta os caminhões. Eu mesmo sei que quando terminar vou ter que trocar todos os pneus, fora a suspensão”, lamenta. 
O Relato do Miguel é compartilhado por todos que trafegam pela estrada, mas o cenário de uma via totalmente abandonada, sem patrolamento e sem cascalho, já está mudando. Quem passou pela estrada nos últimos quinze dias já percebeu a via nivelada, nova base e cascalhada. Bom sinal, podemos dizer que sim, mas isso só está ocorrendo pela união entre empresários, moradores das comunidades de Santana. Caravaggio – Linha Almeida, 2 de Julho, Burgo Forte, que por iniciativa do Vereador Rodrigo Cordeiro (PMDB) se deram as mãos e conseguiram arrecadar dinheiro para compra de material e contratar operador e caminhões para realizar a recuperação da via. “Sabemos que o Governo do Estado está com dificuldade e o DAER pouco pode fazer. O município se negou a ajudar. Poderia eu prometer que até o final do ano o asfalto viria, mas estaria só prometendo. O que importa agora é dar condições de trafegabilidade até que a obra do asfaltamento da 448 e 437 aconteça”. 
Segundo Cordeiro, a estrada já foi recuperada até a ponte Do Borgo Forte. “O Estado comprou 250 metros de brita para colocarmos. Com esforço, conseguimos um mecânico para trabalhar com uma patrola cedida pelo DAER, pois em janeiro o DAER de Bento não há atividade por ser mês de férias. E esta semana já contamos com uma máquina da EPAVI, com patroleiro, e nós estamos auxiliando-o.”
Conforme Cordeiro, o projeto da obra está em apreciação pelo governo para ver se é possível inclui-lo no orçamento deste ano, mas há um porém: “não foi incluso no projeto o anel viário, o que pode atrasar a definição, pois o trabalho agora é a inclusão deste trecho. O de Nova Roma do Sul a Antônio Prado já foi entregue pela empresa responsável ao governo estadual ”, conclui.

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