Cerca de 30 produtores participaram da 10ª edição do curso de Avicultura Colonial em Canguçu - Foto: Elaine Pinto/Fepagro |
Com a disparada do preço do milho, produtores de aves de abate e postura têm procurado alternativas para substituir, parcial ou integralmente, o grão na alimentação dos animais. O curso de Avicultura Colonial, promovido pela Embrapa Clima Temperado, em parceria com a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Emater/RS-Ascar, apresenta uma alternativa para granjas coloniais ao ensinar o aproveitamento das raízes e folhas da mandioca e da batata-doce para a alimentação animal.
Cerca de 30 produtores, oriundos de diversos municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados, como Paraná e São Paulo, participaram da 10ª edição do curso de Avicultura Colonial, realizada em Canguçu na semana passada.
O pesquisador da Fepagro Zeferino Chielle foi o responsável por ensinar métodos de fabricação de ração com base nas raízes e folhas da mandioca e da batata-doce, seu objeto de estudo há duas décadas. "A massa aérea desses dois tubérculos é muito rica em proteína e também em vitamina A. Com a proporção certa de raízes e folhas, pode-se fazer a substituição parcial ou total do milho e do farelo de soja", detalha.
O coordenador do curso, o pesquisador João Pedro Zabaleta, da Embrapa Clima Temperado, destaca que as culturas da mandioca e da batata-doce são menos exigentes do que a do milho, por serem mais rústicas. "Isso contribui muito para nosso momento atual, de aquecimento global e economia de água", completa.
A próxima edição do curso deve ocorrer em outubro. Além da alimentação animal, o treinamento aborda outros aspectos da produção, como maquinário necessário, doenças comuns em aves e diferenças entre avicultura colonial, orgânica e agroecológica.
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