Rede Leite orienta extensionistas a fazer uso da abordagem sistêmica

Abordagem sistêmica é uma metodologia que se baseia na ideia de que existem muitas facetas a serem observadas em uma propriedade rural - Foto: Cleuza Noal Brutti? - Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí


Um curso que incentiva extensionistas da Emater a adotar a metodologia sistêmica para interpretar e intervir no dia a dia das propriedades rurais ocorreu no Noroeste do estado, nos municípios de Tenente Portela e Bom Progresso. Abordagem Sistêmica de Unidades de Produção em um Processo de Pesquisa-Desenvolvimento é o nome do curso que é promovido pela Rede Leite (Programa em Rede de Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do Rio Grande do Sul).

Abordagem sistêmica é uma metodologia que se baseia na ideia de que existem muitas facetas a serem observadas em uma propriedade rural. Para compreender os motivos que levam uma determinada família a agir de uma maneira e não de outra, o extensionista deve-se mostrar interessado em fazer uma série de perguntas que vão muito além do que ele enxerga no pasto e na lavoura. “Debatemos os diferentes olhares sobre o mesmo objeto, que é a unidade de produção familiar”, disse o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Gustavo Martins da Silva.

Para exercitar o 'olhar sistêmico', o grupo elabora um roteiro de perguntas que serão feitas durante as visitas às famílias de agricultores. As perguntas são sobre futuros projetos, saúde, lazer, cultivo de forrageiras, satisfação e insatisfação com a atividade leiteira e sobre produtividade, entre muitos outros temas.

Com o roteiro em mãos, o grupo dirige-se à propriedade rural. Em Tenente Portela, a visita ocorreu nas terras do casal Zenaide e Sandro Peter, na localidade Alto Cordeiro. Em Bom Progresso, os extensionistas da Emater/RS-Ascar estiveram na localidade Olho d’Água, para conhecer quatro gerações da família Cruz: a matriarca Guerda, o casal Dulce e Ernesto, o filho deles, Charles, e a esposa, Joseane, pais da Priscila, 6 anos, e do Davi, de 3 anos.

"A abordagem sistêmica não chega a ser uma novidade, já trabalhamos assim em outras ações, mas eu não tinha conhecimento mais aprofundado sobre a Rede Leite, achei interessante", disse o extensionista Tiago Portela, da região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria.

A expectativa é que a abordagem sistêmica possa tornar mais participativos o ensino, a pesquisa e a assistência técnica e extensão rural e social praticados no Rio Grande do Sul, com a produção e apropriação dos resultados por todos os envolvidos, em especial, os agricultores familiares. Este processo contínuo, cíclico e participativo de observar a realidade é uma das características da pesquisa desenvolvimento, que está na base da Rede Leite.

Rede Leite
Formalmente, participam da Rede Leite oito instituições: Emater/RS-Ascar, Embrapa, Universidade de Cruz Alta (Unicruz), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Instituto Federal Farroupilha - campus Santo Augusto, Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Cooperfamiliar e Rede Dalacto.

Fonte:  Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí

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