Seminário discutiu o que fazer para o jovem permanecer na agricultura


Foto: Vida no Campo 
Políticas públicas, mercado, organização social, sustentabilidade, inovação e família foram os pontos discutidos pelos jovens, mulheres e homens trabalhadores rurais no 1º Seminário da Juventude Rural e do seminário da chamada pública da sustentabilidade, realizados  na quinta, 24 de novembro, junto ao salão comunitário do Bairro Aparecida, Antônio Prado.
Os trabalhos do dia iniciaram por volta das 9h30min, com a explanação do diretor executivo da FECOVINHO, Hélio Marchioro, provocou a reflexão sobre liderança e responsabilidade, usando como base um vídeo em que compara os Papas Bento XVI e o Papa Francisco, na forma de viver e de administrar a Igreja Católica. Segundo Marchioro, saberá liderar quem abre os braços para discutir assuntos com os demais membros, no caso, nossa família. “Os jovens precisam sentir que pertencem a propriedade e vice-versa, com isso, participar da tomada de decisão. A propriedade não deve ser um prêmio pela morte dos pais.”.  Usando-se de experiências anteriores com grupos de trabalho, Marchioro, destacou um ponto fundamental de convivência familiar. “Está faltando dialogo nas famílias. A tecnologia está tomando o lugar das conversas familiares e isso está fazendo com que perdemos o significado da família. Vou me valer de uma frase de uma mulher. Nossas famílias estão escorrendo entre os dedos”.
Após o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Alberto Bracagioli Neto, apresentou um histórico da agricultura familiar, modo de vida e produção em Antônio Prado. Destacando a forma de trabalho cooperativista, sendo os agricultores  pradenses pioneiros em fundarem em 1914 uma  cooperativa. 
Tendo como principal discutir o dia dia e os anseios dos jovens, as 80 pessoas participantes, forma divididos em quatro grupos, onde debateram sobre a  Realidade atual dos Jovens Rurais, as dificuldades para a permanência dos jovens no meio rural e motivações que podem garantir sua permanência; Quais são os desafios que temos que vencer para garantir o futuro da agricultura familiar; E qual a nossa responsabilidade para que isto seja garantido. 
A tarde, houve apresentação das respostas pelos grupos e o fechamento dos  trabalhos com apresentação do case do jovem Mateus Mattielo, de Guaporé e o trabalho realizado pela EMATER daquele município em que está fortalecendo a agricultura e a permanência dos jovens com politicas públicas de incentivo do  próprio município, com a lei municipal de incentivo ao jovem empreendedor. 
Para finalizar o seminário, o presidente da Cooprado Sadi Macagna, apresentou as propostas de políticas e ações de apoio aos jovens dentro da instituição. Sob a orientação dos profissionais da EMATER local, foi formada comissão de jovens que terão como tarefa retomar o grupo de jovens rurais e de implantar no município leis de incentivo a permanência do jovem no meio rural.
O Seminário é uma realização da  Emater, Cooprado, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ATRAF, Fecovinho, Padre Remi Gotardo e Cresol, com a colaboração da URFGS e Instituto Federal de Bento.

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