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Os produtores que mantêm espaços de comercialização de hortifrutigranjeiros na Ceasa serão orientados com maior intensidade sobre a utilização correta de defensivos agrícolas. As ações estratégicas para isso foram debatidas nesta segunda-feira (12), na sede do complexo de abastecimento, por representantes de órgãos estaduais.
O encontro tratou também das responsabilidades previstas pelo termo de ajustamento de conduta (TAC), firmado em 2012 entre Ceasa, Secretaria Estadual da Saúde, Vigilância Sanitária (estadual e municipal), Laboratório Central do Estado (Lacen), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e Ministério Público.
A troca de ideias para o fortalecimento da vigilância e prevenção do uso indevido de agrotóxicos teve participação das secretarias do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo; da Agricultura, Pecuária e Irrigação; Emater; Ministério da Agricultura; Embrapa; Lacen; Fepam e Associação dos Produtores da Ceasa, além de agrônomos, técnicos e assessores da área do campo.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto, formou um grupo de trabalho para continuar discutindo o tema. Lembrou que a Secretaria e a Embrapa Clima Temperado iniciaram este ano a organização de uma Rede Estadual de Manejo Integrado de Pragas (Redemip) para estabelecer diretrizes a uma política permanente de ações conjuntas. Para o secretário, é uma expectativa da sociedade ver ações de interesse público sendo conectadas e transformadas em um programa de Estado que traga resultados para a produção.
Como exemplo de iniciativas para reduzir o uso de agrotóxicos, Minetto falou também sobre o lançamento em 2015, pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, de uma cartilha em parceria com a Embrapa Uva. A publicação, intitulada Vinte e Cinco Recomendações Técnicas para o Viticultor, contém informações a respeito da utilização correta de defensivos agrícolas, das formas de preparo de caldas, do volume e dosagem, entre outros itens relacionados ao manejo das videiras.
Fiscalização e orientação
A Secretaria da Agricultura fiscaliza a utilização de agroquímicos no estado e o contrabando de produtos, envolvendo também a Polícia Rodoviária Federal. O monitoramento de resíduos e poluentes da Secretaria é considerado pelo Ministério da Agricultura como projeto piloto para todo o país. Segundo a Divisão de Inspeção, desde 2015, foram coletadas 460 amostras de produtos e identificados 12 produtos diferentes, dos quais dez não tinham registro para as culturas onde foram utilizados. Na cadeia do trigo, das 20 amostras de diversas regiões do estado estudadas, 18 foram identificadas com uso impróprio.
Neste ano, até o momento, em 15 amostras coletadas, nove não tiveram incidência de mau uso. Isso porque foram organizados seminários de orientação aos plantadores de trigo juntamente com Emater e Embrapa.
"Os produtores, sem a intenção, cometem erros pela falta de informação. Cabe ao poder público integrar forças, como estamos fazendo aqui, para levar a importância do uso correto de agroquímicos e assim diminuir os impactos dessas substâncias na produção", reforçou o secretário da Agricultura, Ernani Polo.
Conscientização e responsabilidade na ponta
O presidente da Emater, Clair Kuhn, falou sobre o trabalho de educação e conscientização feito pelos técnicos da instituição junto a pequenos produtores, bem como a missão determinada para a gestão, que prevê diminuição no uso de agrotóxicos e melhorias nas condições do agricultor.
Já o presidente da Ceasa, Ernesto Teixeira, reiterou que a responsabilidade da instituição é na ponta da comercialização, pelo produtor e atacadista do portão para dentro. "Cumprimos todas as obrigações previstas no TAC, e somente não houve advertência porque não fomos notificados de reincidência. Estamos buscando aqui uma forma de controle eficiente com todos os órgãos", explicou.
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