Um novo Censo Agropecuário, que ocorre em todo o país, foi lançado no Rio Grande do Sul no dia 23 de junho na sede da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre. Participaram autoridades civis e militares, além de servidores da Extensão Rural e Social e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que conduzirá o processo que se inicia em 1º de outubro, se estendendo até final de fevereiro de 2018.
Com o slogan 'O Brasil precisa do Censo Agro, o Censo Agro precisa do Brasil', mais de 18 mil pessoas serão contratadas para coletar informações em todo o país, dos quais 2.200 do RS, abrangendo 425 mil estabelecimentos recenseados no estado e, no Brasil, 5,3 milhões de estabelecimentos. A pesquisa será digitalizada e os estabelecimentos, georreferenciados, dando agilidade ao processamento, análise e divulgação dos resultados, previstos para a partir de março do próximo ano.
“Estamos lançando o Censo em todas as capitais, solicitando o apoio de diversas instituições, como a Emater, cuja parceria é fundamental para o nosso trabalho, que visa à constituição de um cadastro de estabelecimentos agropecuários”, destaca José Renato Braga de Almeida, chefe da Unidade Estadual do IBGE do RS. O chamado Censo Agro foi lançado no último dia 19 em Curitiba e, na próxima sexta-feira (30) será em Goiânia.
O último Censo Agropecuário ocorreu em 2006. “Por falta de recursos, o Censo foi adiado e neste ano o questionário a ser aplicado está mais enxuto, caracterizando a produção, mencionando as tecnologias, o uso da terra, a mão de obra, a comercialização, o meio ambiente e os 'Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)' de cada estabelecimento”, cita Antônio Carlos Simões Florido, gerente técnico do Censo Agropecuário 2017.
Sobre a caracterização de agricultor familiar, Almeida explica que não haverá esse detalhamento, mas que o enquadramento será pelas características da propriedade. “Pretendemos atualizar os dados todos os anos, a partir de pesquisas agropecuárias sequenciais”, antecipa.
“Respeitando as diferenças regionais, precisamos atender os anseios do agricultor”, avalia o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn, ao destacar que “a base do trabalho do IBGE são os públicos que assistimos e é onde está a riqueza do país”. Kuhn também defende a construção de políticas públicas para o meio rural, a partir dos dados levantados pelo IBGE.
Da mesma opinião é o secretário em exercício da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Iberê Orsi, ao avaliar a credibilidade dos dados do IBGE, “que nos permite planejar, monitorar e construir políticas públicas”.
O diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, ressaltou a importância das informações obtidas pelo IBGE e anunciou a capacitação de técnicos da Emater/RS-Ascar para a utilização eficiente das informações do Instituto. “A partir dos dados, conseguimos fazer os planejamentos”, disse. Ao final do encontro, a senadora Ana Amélia Lemos prestigiou o lançamento, defendendo a credibilidade da Emater/RS-Ascar e a parceria com o IBGE na condução do Censo Agro 2017.
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