Foto: Marilita Calgaro Scapinelo |
Era um nódulo de 0,9 milímetros, que foi detectado por acaso em estágio inicial. Gelsi, não precisou realizar o tratamento de quimioterapia, somente de rádio. Foram 33 sessões de rádio. “Ia para porto Alegre no Hospital Moinho de Ventos, para as sessões diárias, aplicadas de na segunda a sexta.”
Após as aplicações de rádio, Gelsi seguiu com o tratamento de quimioterapia oral, por cinco anos. “No mês de setembro, este que passou, o médico me liberou e passo agora a ter o cuidado de realizar os exames preventivos de seis em seis meses”.
Gelsi fala de tudo que passou com serenidade e conclui que a doença também trouxe momentos de reflexão para a vida dela. “Na época da descoberta, minha irmã Isabel veio a faleceu. Como moro com meus pais, a situação pela qual estava passando minimizou a dor da perda dela. Nos tornou uma família mais unida, mais relevante com pequenas coisas insignificantes. Nos tornamos mais sensíveis. Eu vejo isso como o lado bom”.
Ao saber da doenças sua ou de um familiar é natural questionar o porque do ocorrido. Gelsi afirma que em nenhum momento questionou, pois mesmo enfrentando uma batalha diária, percebeu e teve durante o tratamento a oportunidade de conviver com pessoas maravilhosas. “Com as visitas de amigos e familiares percebi que estava rodeada de amor. De pessoas de fé como eu. Elas tinham fé que tudo dá certo. E eu me agarrei na minha fé, nas orações. Não somente quando precisamos, mas também para agradecer’, fala com afinco a integrante do Movimento do Cenáculo.
Hoje, Gelsi contribuiu com sua experiência na Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Antônio Prado (AAPC) e sempre diz: “É um momento de escuridão, mas com força, coragem e muita fé nos faz sair e enfrentar o caminho. Sempre ficamos com o pé atrás todas as vezes que refazemos os exames. Mas quem receber este diagnostico deve viver o momento, colocar tudo para fora, chorar, falar. Depois levantar a cabeça com fé e força de vontade para enfrentar os obstáculos e seguir em frente. O amor da família, amigos também dará suporte, pois quem não passou não tem noção do que é, mas para quem passou é diferente”.
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